quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Tempo

preciso de mais tempo ca¨$#lho!!!! 

como vou ler Os Irmãos Karamazov, 

Em Busca do Tempo Perdido, Sexus-Plexus-Nexus, 

ver todos os filmes do woody allen, do fellini e do pasolini, 

beber 3 litros de água por dia, 

andar de bike, 

meditar,

fazer análise, 

trabalhar, 

namorar se possível, 

e quem sabe um dia ainda tentar aprender a tocar violão?!?!?!?

ainda bem que eu acredito em reencarnação!!!

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Que chama era esta?

E eles todos

Se perceberam

Se olharam

Se viram

Estavam todos no pódium

Pela primeira vez em milênios

Sorriram

Meu Deus, estávamos

todos pulsantes em energia

desde pedras revestidos!

Lembraram de

quando eram simplesmente

lírios do campo a perfumar

Quantas e quantas

vezes como peixes juntos

subiram correntezas sem fim

E as savanas, então?...

Já se perdem nas voltas do tempo

as corridas felinas que o instinto ditava

O fogo... viram o fogo...

Assombrados

Eram talvez homens

Talvez mulheres

Certamente crianças

Através dos gelos, selvas e mares

Dos cinco continentes que dantes eram um

Agora novamente o fogo...

E do peito de cada um a chama

Que ardia mais que um milhão de sóis juntos

Que chama era esta?

Que incompreensível calor era este

que consumia tudo e

nada mais restava?

Que tamanha destruição ela prenunciava?

Onde já o eu a partir desta

incandescente verdade?

Era a chama, que acesa no mais alto do

pódium do próprio coração

ardia, 
queimava, 
destruía, 
consumia, 
verbalizava, 
escandalizava,
anunciava:

E todos agora eram o eu,

mas também eram o nós

Pois tudo era só fogo e

Despertar








sábado, 13 de agosto de 2016

Te ensinaram que "espiritualidade" é uma coisa chata e carrancuda? Te ensinaram que "espiritualidade" dita regras moralistas? Te ensinaram que "espiritualidade" te separa do "mundo" e te enclausura? Sorry.... te enganaram! Espiritualidade é pura tolerância para com todos os seres e suas particularidades! E principalmente, Espiritualidade (com E maiúsculo agora) é pura ALEGRIA! Falo de Espiritualidade!!! Religião, teologias e dogmatismos não me interessam!

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

RIP homem velho...

RIP homem velho... 

com todo seu desamor, 

sua falta de atenção, 

sua falta de compreensão, 

sua falta de compaixão. 


RIP homem velho...

com seus desejos eternamente insatisfeitos, 

com seu egoísmo a corroer o coração, 

com seu orgulho a separar do outro, 

com sua vaidade que é ácido a devorar a leveza da alma.


RIP homem velho... 

com sua ira, 

sua intolerância, 

seu preconceito.


RIP homem velho... 

que teus restos mortais sejam incinerados na chama do Vivo... 

para que renasça no Agora, 

transfigurado em:



HOMEM NOVO COM FACE DE CRIANÇA!!!



*Virgem Maria - Pintura de Gustavo Cruz

segunda-feira, 25 de julho de 2016

...engana-se quem pensa que o Nirvana é um "lugar" dos eleitos que viraram as costas para a humanidade... Nirvana é estado de consciência do todo e da não separatividade de tudo-o-que-há... a cada criança morta na Palestina, morremos todos juntos... a cada agonia de um ser humano, nos agoniamos todos juntos... a cada prece ao Alto de um Lama nos Himalaias, todos nos irmanamos... a cada oração direcionada ao Todo-que-está-em-tudo feita por um simples coração sincero numa singela cabana, lá estamos toda a humanidade, juntos nessa prece... como se fechar na pequena ilha-ego? tudo é rede interconectada por sutis fios....

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Vó Cambinda, velha ancestral

Em cada átomo translúcido
do veículo espiritual de Vó Cambinda,
pulsa a Verdade contida nos Vedas...

Em cada molécula astral do corpo
sutil de Vó Cambinda, 
encontram-se chaves das iniciações
shivaístas e vaishnavas da velha Índia.

Vó Cambinda traz em seu cachimbo 
a sabedoria dos Budas do Tibet.

Cada conta do rosário de Vó Cambinda
é uma jornada inteira de prática do Zazen.

Nas dobras de sua mão de anciã,
Lao-Tsé e Confúcio meditam no êxtase do Tao!

Os pés da Preta Velha, 
pisam firmes no solo da Mãe África.

Do Egito, Cambinda carrega Ísis e Osíris,
envoltos no lenço de sua cabeça.

A velha ancestral filosofa com os
pré-socráticos, socráticos e platônicos.

Vibra nos Mistérios de Elêusis.

Alquimiza-se nos Mistérios Nórdicos.

Cambinda dança sobre o Atlântico e chega 
nos coros das igrejas do Harlem.

Solidariza-se com um blues de New Orleans e 
transfigura-se num pele vermelha sioux do oeste.

Vó Cambinda, teu nome está gravado nas 
pirâmides maias e astecas e nas rochas de Machu Picchu.

Tua saia é verde, Velha Cambinda, verde como
a gigante floresta do Amazonas onde Oxóssi
brada em teu coração.

Desdobra-se, Cambinda...
do Oiapoque ao Chuí.

Guardiã!!! Conselheira!!!

Servidora da Mãe Yemanjá
e do nosso Pai Oxalá!

Tua oração é Luz sobre o Brasil - 
Pátria do Evangelho.... Celeiro do Mundo.

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*Ela chegou de mansinho.... "mizifio, mizifio"... irradiou a sua bondosa energia
sobre mim, acoplou seus chacras aos meus, curvou minha coluna.... e ensinou-me
os mistérios da terra e da gratidão.... e de mansinho também se foi... deixando suas 
impressões bondosas... mais tarde em sua homenagem e ainda sentindo
suas vibrações, escrevi esse texto (ou ela inspirou-me?). Por um momento eu
e Vó Cambinda tornamo-nos um. 
Saravá Vó Cambinda!














sexta-feira, 13 de maio de 2016

Eu?

O fogo tentou me queimar, tornei-me amigo dele!

A água tentou me afogar, mostrei a ela a insensatez desse seu ato!

A terra quis me sufocar, ri-me de sua pretensão! 

A lâmina tentou rasgar minha jugular, 

rasguei-a antes disso com o sopro de minha coragem!

Vesti-me como rei e como mendigo... 

cantei hosanas aos céus e aos infernos,

por mil vezes fui e voltei... 

vi amores chegarem e partirem... e permaneci.

Um dia encontro minha criança interior...

somente a partir desse momento

me considerarei um ser Vivo e Desperto!

sábado, 7 de maio de 2016

O homem religioso

...quando me deparo com uma pessoa que não usa o nome de Deus, mas tem um sorriso autêntico e aquele "brilho" carismático sem explicação, que é verdadeiramente educada (por humanidade e não por afetação) e sente-se uma paz só de estar próximo a essa pessoa... e sobretudo tem bom humor, aí sim eu digo.... estou diante de uma pessoa realmente "religiosa" (a que fez o 'religare')!

sexta-feira, 29 de abril de 2016

A casa de Joana tem sete andares

Sete andares. Apenas uma porta. Cinco lindas janelas. Uma clarabóia.

         Em frente à casa de Joana, havia um lindo jardim, onde brotavam rosam brancas e amarelas. Ao acordar, todas as manhãs, o mesmo ritual: Joana ia para o andar térreo, abria a pesada porta vermelha e deixava o ar entrar. Inspirava lentamente sentindo o diafragma dilatar-se e ao expirar, tocava com o pé direito e descalço a terra. Depois, subia perpassando lentamente cada andar, abrindo cada uma das cinco janelas.

         A escada caracol, bem no centro da casa, parecia uma serpente e muitas vezes, dava a impressão de vibrar, contorcer-se, dançar. Cada degrau parecia revelar um novo estágio de alvorecer, um novo amanhã. Em cada degrau, todo um mundo de pulsações e ensinamentos.

         No segundo andar, a vidraça da janela era um fogo vivo, alaranjado. Nesse pavimento, Joana colocava toda sua vontade de vida que era alimentada por uma lareira em constante brasa. “Jamais deixe esse fogo apagar”, ouvira Joana da avó. Ela sabia que essa lenha precisava ser renovada por um querer constante e firme, um verdadeiro compromisso de querer.

         O terceiro pavimento era todo amarelo, inclusive a delicada cortina de seda, que cobria a janela. Aqui, Joana preparava suas refeições. Assava bolos de cenoura e tomava café. O alimento que Joana oferecia ao mundo era antes regurgitado nesse lugar e tudo que pulsasse vida podia ser alimento, inclusive palavras. Alguns eram doces no princípio, mas azedavam assim que tocavam a língua da menina. Já outros, mais raros, chegavam com a amargura do boldo, mas aos poucos se mostravam como remédio salutar e traziam bem estar.

         Mais um lance de escada acima e estávamos no andar verde. A janela desse espaço não tinha cortina, mas o vidro era também verde e coloriam os raios de sol que banhavam todo o ambiente. Tapete verde. Almofada verde. No centro uma banheira com água de esmeralda e sais relaxantes. Aqui era o andar dos banhos e do amor.

Quando queria telefonar para alguém, ouvir uma música ou mesmo acessar uma rede social – sim, Joana era antenadíssima – ela subia até o quinto andar, abria a janela azul e lá ficava absorta nos papos com seus amigos, como se estivesse junto a todos eles. Por toda a madrugada, ficava Joana no exercício do que chamamos de comunicação. Comunicava muito mais que palavras, pois comunicava sensações, impressões e basicamente silêncios.

         Para o sexto pavimento Joana só ia de vez em quando. Uma luneta. A lua e São Jorge. Tinha lugar para o dragão também, já que Joana nunca fora dessas de negar a salamandra que dormita em sua alma. A janela, que era redonda, sem cortinas, só se abria quando Joana chegava sem expectativas. Caso contrário, permanecia hermeticamente fechada, como se mãos invisíveis ali estivessem presentes. 

         E o sétimo andar? No sétimo andar, Joana só subia uma vez ao ano para limpar a clarabóia, que era do mais fino cristal e se abria para o céu. E não era assim de qualquer maneira que Joana lá entrava, não. Antes de ir ao sétimo andar, Joana, primeiro descia, pisava descalça na terra e colhia sete rosas brancas. Com estas, Joana preparava um chá e lavava seu corpo na sala dos banhos e do amor. Depois, lentamente, Joana subia cada degrau que separava o sexto do sétimo andar. Joana só podia adentrar o sétimo andar estando completamente nua. Para o sétimo andar, Joana só tinha a entrega e a confiança e lhes guiar.

         Ali, Joana, nua, deitada olhando o céu, ouviu o nome de Deus...

         ...e seu nome era...



sábado, 23 de abril de 2016

Jorge e o olho do dragão

E então, num desses momentos de epifania, quando o universo se revela todo num 

simples gole de café, Jorge encara o dragão... 

Jorge já conhecia a história toda.... já sabia que devia matá-lo..... 

mas como uma alma desperta e viva, Jorge olha no fundo dos olhos da fera.... 

e o que vê o deixa estarrecido.... 

lá estava ele... 

todo nu sem veste nem ossos... 

ele mesmo... 

Jorge era a íris do olho do dragão!....................

e num lampejo de lucidez, Jorge sorri para o dragão como quem sorri para a vida....

nada mais de matá-lo.... 

matar o dragão era o mundo velho... 

e os olhos do dragão continham o germe do novo...

e ambos eram a vida... 

domar o dragão e não matá-lo era a chave, a resposta para

todas as buscas de Jorge.... 

fazer do dragão seu aliado.... 

e com ele adentrar a cidade chamada Presença.... 

e ambos eram a lança de Jorge e o metal que a forjou...

e o fogo que saía das ventas do dragão transformou-se na capa protetora do Santo 

Guerreiro!



domingo, 10 de abril de 2016

Gratidão Samsara

               Gratidão Samsara!!!

  Gratidão    

        por nos enredar

                          por éons e éons e éons...


Nas tuas preciosas teias

                 nos fizemos pedra,

                                          elemental,

                         árvore, 

                               animal, 

                                                              homem...


                        Nirvana... 

                                         teu sublime esplendor

                             esteve
                                         
                                           sempre

                                        
                                                       AQUI!!!

                        Gratidão Samsara!!!

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*Samsara = dentro das tradições orientais (hinduísmo, budismo) pode ser descrito como o estado da dualidade, a manifestação cíclica, o fluente nascer e morrer inerentes ao que é manifesto.

*Nirvana = termo de origem sânscrita que pode ser entendido como a "cessação do sofrimento", a volta ao Real, a liberação dos ciclos das reencarnações.


Aí eu me pergunto... estariam Samsara e Nirvana assim tão separados, ou ambos se entrelaçam na eterna dança do existir? Não estaria Nirvana aqui-agora presente na dualidade samsárica? Não seria Nirvana apenas a mudança do foco? Um outro olhar sobre o Samsara? 




  
            




domingo, 14 de fevereiro de 2016

Yansã mãe da Yoga...



Yansã mãe da Yoga...

Yansã é considerada a Orixá dos ventos e tempestades e associada
a movimentos e transformações ríspidas e rápidas.
Mas se pensarmos que as características dos Orixás correspondem
também a movimentos internos da nossa personalidade, iremos
associar o elemento ar (vento) aos pensamentos, logo, Yansã
também é senhora dos pensamentos. E como senhora soberana
do plano mental, pode trabalhar na sutileza de suas ondas.
Vamos rogar que Yansã nos ensine a arte de olharmos
para os movimentos do pensamento como observadores,
que nos ensine a pararmos no vazio da meditação sem nos
identificarmos com os furações dos pensamentos...
que os ventos/pensamentos cheguem e fluam sem nos
perdermos em seus tornados.

Yansã mãe da Yoga...

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Yansã

é  Senhora

da 

Meditação...


Em lótus translúcidos

Yansã senta-se

para entoar



Sagrado Om...


No Pleno Vazio

Yansã gira seu

rodopio de infinitudes...


Om Shanti Yansã Eparrey!!!